A miúda se vincula ao solo, discreta começa toda em muda.

A baixinha se afunda no buraco, se completa com terra e espera na certeza ser servida de água.

Banho é chuva.

Convicção é raíz.

Seu cartaz tem a força ambiental silenciosa do “cresça e apareça!”

Do espaço vazio faz sombra.

A grama a ultrapassa na vertical, ela ganha altura na horizontal.

De poucas folhinhas ao vento, com grandes feitos além do oxigênio.

Sabe de cor conservar o solo e água sem dar nó.

Com a fixação de uma determinada, forma barreiras contra enxurrada.

E se for um carvalho a plantada?

Dizem por aí que durante as tempestades ele ganha força, suas raízes trafegam maiores profundidades na adversidade e se firmam, assim como aquela dor que nos cresce.

Como mãe, dá alimento e abrigo para muitas espécies.

Como malabarista, ajuda no equilíbrio do clima.

Como artista, altera a paisagem de cima.

Plantados, crescem solidários, lotados de funções e atributos de vida.

Com ou sem semente, dão esse tudo de si só pra gente.

                                                                                    Por Lu Dornaicka – O Carvalho

Mente humana nenhuma, incidente ou acaso poderia ter feito essa engrenagem intencionada e perfeita.